Uma toninha (Pontoporia
blainvillei), espécie de golfinho de pequeno porte, foi encontrada com um lacre que a impedia de se alimentar, próximo à orla de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Segundo o instituto que o resgatou, o animal já estava morto, com sinais de desnutrição e com plásticos no sistema digestório.
A localização ocorreu durante o fim de
semana por um pescador, depois que a toninha, já sem vida, ficou presa
acidentalmente na rede que ele havia jogado no mar. Tratava-se de um macho
adulto, que foi entregue à equipe do Instituto Biopesca, responsável por fazer
o monitoramento costeiro daquela região.
Segundo o veterinário responsável do
instituto, Rodrigo Valle, essa espécie de golfinho corre risco de extinção.
Segundo ele, o animal estava visivelmente magro, o que indica que ele não
conseguia se alimentar há algum tempo, em razão do lacre em forma de argola
preso ao rostro (estrutura que se assemelha a um bico).
Além disso, ao ser submetido a exame
necroscópico, a equipe do instituto também verificou que não havia qualquer
alimento, além de pedaços de plástico, no sistema digestório da toninha. Para
Valle, a morte desse animal evidencia o impacto humano diante do ecossistema
marinho dessa região do estado.
“Tivemos [ocorrências] com diferentes
espécies. O lixo é principalmente plástico, e a situação é bem preocupante”, declarou.
No descarte de lacres, por exemplo, recomenda-se que, além de fazê-lo em locais
adequados, a pessoa também os corte, para evitar que se prendam a animais.
Aproximadamente 70 animais encalham (a
maior parte já sem vida) e são resgatados por mês, em 80 quilômetros de praias,
em quatro cidades da região, pela equipe do instituto. Das tartarugas, um
levantamento mostra que em 90% delas foram encontrados resíduos plásticos no
sistema digestor.
Fonte: noticias.ambientebrasil.com.br
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